sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Pontos críticos em fiscalização Sanitária com base nas RDC's



Objetivo

Capacitar profissionais farmacêuticos e empresários do ramo quanto a como receber a fiscalização sanitária e conciliar o crescimento empresarial dentro das normas sanitárias vigentes.

Público-Alvo

Farmacêuticos, empresários do ramo farmacêutico e demais interessado.

Conteúdo Programático

1ª Parte: Expositiva:

Fundamentos técnicos da inspeção sanitária ; Termos legais e procedimentos. Como receber a inspeção sanitária; Fundamentação legal da RDC 44/09/ANVISA; Conceitos básicos aplicados à atividade de comércio farmacêutico. Empresa, Estabelecimento, Farmácia, Drogaria, Distribuidor, Supermercado, Drusgstore; Legalização de empresa e de estabelecimento; Autorização de Funcionamento de Empresa ? ANVISA. Licença Sanitária de Funcionamento. Boas Práticas Farmacêuticas. Manual de Boas Práticas; Procedimentos Operacionais Padrão. Documentos Imprescindíveis na Farmácia. Farmacêutico Responsável Técnico; Atribuições administrativas e técnicas na drogaria. Pontos críticos na Infraestrutura física da drogaria; Comercialização de produtos: Produtos e serviços permitidos ? banco 24 horas. Instruções Normativas 9 e 10 ANVISA e Leis Estaduais; Propaganda e exposição de medicamentos e produtos. Cuidados ao comprar ? fornecedores. Estoque de produtos. Medicamentos controlados ? Port. 344/98 e SNGPC. RDC 20/11/ANVISA ? (Antibióticos). Produtos vencidos - Resíduos de Saúde: RDC 306/2004/ANVISA;Venda à distância ? telefone, fax, internet. Serviços farmacêuticos ? quem, como e onde praticar o atendimento. Declaração de Serviço Farmacêutico e registro. Como conciliar o crescimento empresarial cumprindo as normas sanitárias; Infrações sanitárias e crimes. Penalidades aplicáveis.

2ª Parte: Prática e discutiva:

Apresentação do Roteiro de inspeção para cumprimento da RDC 44/09/ANVISA. Discussão dos itens críticos do Roteiro de Inspeção. Debate e conclusão

Instrutor

Instrutor: Josias Acioli, Farmacêutico-bioquímico formado pela UFF. Perito judicial, auditor no sistema ISO e consultor técnico na área farmacêutica com larga experiência em vigilância sanitária e setor regulatório, tendo ocupado cargos de coordenação e direção em diferentes esferas e Municípios do Estado do Rio de Janeiro


Certificação: CETE

Investimento: R$ 128,00 ( Cento e Vinte e Oito Reais)

Forma de Pagamento: Cartão de Crédito ou boleto bancário

Inscrições de informações: (21) 2298-2008 ou http://www.cete.com.br/




quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Farmacêutico deve se mostrar...

A figura do médico como autoridade final para indicar um remédio parece estar no passado para Diane Ginsburg, professora de farmácia clínica na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. "É preciso ter diretrizes para o uso dos medicamentos", explica Ginsburg. "Seria negligente prescrever medicamentos sem ter o controle exato dos efeitos." Ex-diretora da associação de farmacêuticos clínicos dos Estados Unidos (ASHP, na sigla em inglês), a norte-americana acredita que o farmacêutico é um profissional que precisa ser valorizado por saber mais sobre medicamentos do que médicos e enfermeiros. "Nós passamos mais tempo pesquisando sobre remédios, conhecemos melhor os efeitos." Somente nos Estados Unidos, os farmacêuticos clínicos chegam a 35 mil. No caso do Brasil, Ginsburg acredita que os farmacêuticos precisam conquistar o espaço para poder ter mais voz ativa nas condutas clínicas. "Antigamente, o farmacêutico queria sempre ser invisível. Hoje a necessidade é justamente o contrário, ele precisa ter maior influência para guiar as prescrições que são passadas na rotina de um hospital. O farmacêutico deve se mostrar mais por aqui." Para a especialista, o ensino no Brasil não é uma barreira para o crescimento da influência de farmacêutico no cotidiano dos hospitais já que as disciplinas ensinadas aqui são parecidas com as aulas ministradas nos Estados Unidos. "Os farmacêuticos daqui recebem a mesma instrução, a mesma educação que nós recebemos no meu país. Eles têm o mesmo 'calibre', são iguais a nós." Nos Estados Unidos, a situação começou a mudar em favor dos farmacêuticos a partir da iniciativa do Instituto de Medicina, uma organização não governamental que divulgou um relatório em 1999, mostrando que até 98 mil pacientes morriam por ano nos EUA por conta de erros de medicações. "Depois desse trabalho, eu diria que as coisas começaram a mudar por lá e a atuação do farmacêutico começou a ser mais respeitada", afirma. Para Ginsburg, o motivo é simples: "Quando não há colaboração entre os profissionais de saúde, os erros aparecem". A farmacêutica defende que a informação é a melhor maneira para tentar convencer outros profissionais de saúde sobre a estratégia adequada na hora de prescrever determinada droga. "Não é tão difícil convencer os médicos. Existem evidências científicas para algumas das posturas que defendemos." Farmacêuticos clínicos precisam saber se um medicamento é o correto, se a dosagem é exagerada ou inferior ao necessário e até mesmo se combinações de drogas podem causar problemas ao paciente. É exatamente pela necessidade de estudos aprofundados que Ginsburg acredita na influência do profissional na equipe de saúde. "Até hoje nós ainda estamos aprendendo alguma coisa sobre o uso da penicilina, que é um antibiótico que existe há décadas."

Exemplos
Na Índia, um estudo no Hospital Apollo mostrou que o uso de farmacêuticos clínicos durante 4 meses foi o suficiente para reduzir em até 70% os erros de medicação.
Segundo dados divulgados em 2006 pelo International Journal of Evidence-based Healthcare - publicação científica da área de saúde nos EUA -, erros de medicação que poderiam ser evitados custam até US$ 29 bilhões por ano nos Estados Unidos. Na Austrália, a cifra é de US$ 350 milhões.




Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/08/farmaceutico-deve-se-mostrar-diz-americana-sobre-profissao-no-brasil.html


Interações entre alimentos e Antimicrobianos

A alimentação pode interferir na ação dos antibióticos administrados por via oral, interferindo na sua absorção, para mais ou para menos, em alguns casos, facilitando o tratamento, mas em outros podendo até mesmo impedir a ação do medicamento e prejudicar o tratamento. A situação é especialmente delicada em se tratando dos antibióticos e outros antimicrobianos pois para manter níveis ativos, o medicamento tem que ser tomado em intervalos pré-determinados, por exemplo, de 8 em 8 horas ou a cada 12 horas, o que força o paciente a alterar o horário das refeições. Por isso é sepre bom conhecer quais são as interações alimento-antimicrobiano, informação que quase sempre não está clara na bula mas que pode ser obtida, pelo farmacêutico ou pelo médico, nas monografias dos medicamentos. Para facilitar o entendimento dessas interações, resumimos e descrevemos os principais exemplos de interferência dos alimentos na ação dos antibióticos e outros antimicrobianos.




Necessidade de jejum ou estômago vazio

Vários antibióticos apresentam sua absorção prejudicada na presença de alimentos, situação em geral ligada à alteração da acidez do meio gástrico. Para que haja boa absorção, é preciso administrar o medicamento pelo menos uma hora antes dos alimentos (tempo suficiente para absorção) ou depois de duas horas depois de ingerir algum alimento (tempo de esvaziamento gástrico). Dentre os vários exemplos, podemos citar a LINCOMICINA, AZITROMICINA, AMPICILINA, ÁCIDO NALIDÍXICO, FLUCONAZOL, etc.


A alimentação não interfere com a absorção

Felizmente, para os pacientes, muitos antibióticos enquadram-se nessa situação, o que facilita muito o seu uso correto. Porém, não é bom facilitar. Quando não temos certeza a respeito da interação fármaco-alimento, convém tomá-lo em jejum ou com estômago vazio, até obter a informação correta. São exemplos de antimicrobianos cuja a absorção não é prejudicada pelos alimentos: AMOXICILINA, isolada ou associado com CLAVULANATO, CIPROFLOXACINO E ACICLOVIR.


A refeição evita sintomas desagradáveis

Medicamentos como a SULFAPIRIDINA e SULFADOXINA podem causar sintomas decorrentes de irritação gastrointestinal, provocando mal estar, náuseas ou vômitos. Nesses casos, os alimentos ajudam a aliviar esses sintomas, facilitando o tratamento.


Os alimentos aumentam a absorção

Alguns medicamentos apresentam sua absorção aumentada por influência dos alimentos, quando são extremamente lipossolúveis. Podemos citar como exemplo o MEBENDAZOL e o ALBENDAZOL.


ALGUMAS CURIOSIDADES


ALHO - Aumento da expressão do CYP450

SOJA - Interaçao no T3 e T4

CAFÉ OU CHÁ VERDE- reduz a absorção do Ferro por causa das catequinas presentes nessas bebidas.

COUVE E BRÓCOLIS - Afeta no tratamento do bócio, interage com levotiroxina (PURAN, LEVOID...)

IOGURTE, LEITE - Formam um complexo quelado quando usado em conjunto com tetraciclina, norfloxacino...

NABO, ALFACE, REPOLHO E ESPINAFRE - Bloqueia os efeitos da Warfarina


Recomendação

O que fazer então quando não há informação? Em geral, durante o tratamento, é sempre melhor "pecar pelo excesso do que pela falta". Entretanto, não sejamos alheios à realidade de cada um. Nem todos podem se dar o luxo de adiar o horário das refeições por conta diversas questões e fatores. Aconselhe o paciente a escolher um horário confortável para o uso do medicamento e evite criar "paranóias". O melhor e mais importante é orientá-lo a NÃO INTERROMPER O TRATAMENTO EM HIPÓTESE ALGUMA, salvo os casos de intolerância ao medicamento, que deve ser imediatamente comunicado ao médico.